sexta-feira, 30 de setembro de 2016

Alarde

Fazer um alarme desnecessário para tirar proveito das situações ou para justificar algumas falhas é uma ação bem comum hoje em dia, ainda mais quando o assunto é ficar no pódio e não perder a fama até então conquistada e vista por todos.
É mais fácil para uma grife famosa alegar o cancelamento de um evento devido ao surto de dengue do que dizer que foi por falta de dinheiro. A segunda opção colocaria em risco o prestígio da marca e faria com que as pessoas pensassem que a mesma está falindo ou passando por dificuldades financeiras. É melhor inventar a mentirinha e deixar de lado as línguas afiadas das pessoas, que nos tempos de alta comunicação, estão mais alertas do que nunca.
A sensação mais presente hoje nas pessoas é criar alardes desnecessários e ficar ganhando espaço por nada, pelo simples fato da polêmica desnecessária e que chama a atenção daqueles que não tem nada melhor para ocupar a mente.
Hoje ganha mais espaço quem fala no megafone besteiras desnecessárias do que aqueles que realmente agregam valor ao mundo social. A pose na maioria das vezes é de fachada e esconde muitas faces ocultas de um mundo que só gera controvérsias e muitas banalidades, já que não vale a pena ter conteúdo, mas gerar fatos marcantes que não são a realidade dos fatos e nem completam verdadeiramente os espaços que precisamos encontrar nas nossas vidas. 
Se é mais fácil viver de superficialidades eu não sei, mas é certo que uma hora tudo isso vai ruir e os verdadeiros momentos e situações que a vida nos apresenta serão mostrados com mais verdade e menos obscuridades. 
Não vale tanto alarde por nada...
Um pouco de verdade sempre cai bem.

quarta-feira, 28 de setembro de 2016

Pechincha

Algumas vezes encontramos produtos com descontos ou com preços bem consideráveis para a compra, já que hoje em dia não podemos levar em conta o real valor das coisas, tamanha é a variação de preços que nos faz perder a noção de quanto realmente isso ou aquilo valem.
Eu sempre procuro valorizar as coisas pela utilidade que elas me trazem, assim como a duração que possuem, pois assim fica mais fácil massagear a minha mente cansada de tantas afrontas ao nosso bolso furado. Alguns itens possuem preços fora do comum e não valem o que é pedido, seja pela simplicidade ou até pela falta de qualidade. Algumas lojas pensam que nós, consumidores, somos cegos ou idiotas e que não percebemos determinadas armadilhas de consumo nos seus produtos ruins.
Pechincha é quando encontramos algo bom por um preço igualmente bom. 
Não vale a pechincha de um preço bom associado a um produto ruim e que deveria ser dado de graça para ver se alguém queria. É nessas horas que nos perguntamos o porquê de tantas aberrações nos preços que encontramos nas lojas, já que a qualidade não é tão significativa assim e nem temos tanto dinheiro para pagar por tão pouco que é oferecido em troca.
A utilidade é a melhor forma de medir o preço das coisas, sempre; se isso for levado em consideração, teremos mais certeza do que estamos comprando e nunca ficaremos com dúvida sobre os preços que pagamos, já que saberemos que tal valor nos causará grandes satisfações, nos fazendo usufruir muito bem de itens que serão usados por muito tempo.
Comprar algo só pela marca ou pela moda não vale de nada e isso causa um rombo enorme nas nossas economias, onde não percebemos a enganação que diariamente passamos e que são disfarçadas em etiquetas promocionais que não representam a realidade de nada, ainda mais dos produtos ruins e mascarados que encontramos nas prateleiras.
Um detalhe, um olhar atento e um pouco de pesquisa já nos ajudam a ter mais sucesso nas nossas compras e com isso lucrar bem mais e nunca desperdiçar dinheiro por nada.

segunda-feira, 26 de setembro de 2016

Alienação

Analisar nossas vidas como se elas fossem únicas é um ato complicado de ser entendido, já que não vivemos sozinhos neste mundo e sofremos sempre a interferência dos nossos semelhantes para podermos determinar como algumas situações irão acontecer e influenciar os nossos dias.
Fazer a nossa parte e não observar as influências que nos rondam é algo bem complicado de aceitar, mas é muito fácil de acontecer, seja pela deficiência mental que muitos podem possuir, como também pelo individualismo que a sociedade termina nos impondo a cada dia, uma vez que o medo e a incapacidade de nos relacionarmos bem faz com que assumamos um papel bem diferente do que deveríamos ter.
A sabedoria de se colocar num universo interativo é atributo de poucos e a maioria só pensa em evoluir para si mesmo, dentro do seu mundinho e nunca pensando naqueles que também dependem da sua vivacidade. 
Vejo isso muito presente num país como o nosso, onde as pessoas estão cada dia mais preocupadas com a sua própria situação e esquecem que a derrota da Nação é generalizada se não pararmos de ser alienados e desatentos aos detalhes que diariamente influenciam as nossas escolhas e destinos.
Estar em plena harmonia com nós mesmos e com o que acontece ao nosso redor é muito importante para que tenhamos mais chances de opinar e de entender o que realmente acontece de bom e de ruim conosco e como isso pode ser melhorado a partir das nossas atitudes certas, menos alienadas e sem o mínimo de ajustamento mental.
Vamos pisar no chão? 
Talvez as nossas ideias estejam lá, esquecidas, enquanto perdemos tempo voando por ares distantes e sem nenhuma assertividade, contribuindo ainda mais para que as nossas escolhas sejam falhas e não tenham nenhum efeito real.

sábado, 24 de setembro de 2016

Enchendo Linguiça

Na falta de assunto, os sites de notícias e jornais terminam publicando muita besteira e fazendo com que percamos tempo lendo um texto enorme que não diz nada. Se pensamos que esta realidade é difícil de acontecer, tenham certeza que não é, pois me deparo com isso diariamente.
Existe até outro tipo de pegadinha nestes textos que são as manchetes gigantescas, usadas para chamar a nossa atenção, mas que remetem a textos pequenos e geralmente sem sentido algum, pois terminam não falando nada do que anunciaram e nem elucidando as nossas dúvidas e desejos.
Parece que a objetividade perdeu espaço para as notícias fantasiosas e que não agregam nada às nossas vidas e nem fazem com que tenhamos melhores resoluções das nossas dúvidas que podem até se agravar se ficarmos lendo muitas coisas sem o mínimo de conexão e ajustamento à realidade.
Piores ainda são as notícias que servem apenas para inflamar o que nem existe, trazendo à tona tudo aquilo que nem precisava ser mostrado, uma vez que compromete a integridade das pessoas e fatos que merecem cuidado e atenção com a divulgação.
Bom é quando pegamos um texto para ler e nos deparamos com informações completas, gratificantes e que nos tragam a boa sensação da informação cumprida e assimilada.
Nosso tempo é valioso demais para ficarmos lendo o que não presta.

quinta-feira, 22 de setembro de 2016

O Apurado da Noite

Existe raça mais fofoqueira que porteiro e vigilante?
Alguns podem até fugir da regra, mas a maioria é triste e termina sabendo mais do que deveriam da vida dos outros, seja pela naturalidade da atividade que desempenham ou pela forma investigativa que possuem de sempre buscar mais e mais informações, talvez para ocupar o tempo, já que a maioria tem o ócio como companheiro durante o expediente.
Outro dia quando saí para trabalhar, tinham três na minha esquina, todos de condomínios vizinhos, debatendo sobre os assuntos de cada prédio e compartilhando as informações mais quentinhas do apurado da noite, que deve ter sido cheia de situações interessantes.
O filme "O Som ao Redor" mostra um pouco desta realidade que é bem real e faz com que tenhamos muito cuidado nas nossas ações, ainda mais quando vivemos em um condomínio com muitos moradores e diversidades fantásticas.
É difícil ter um assunto que o porteiro não domine, ainda mais quando este é fofoca ou futebol. Deixam de prestar atenção nas pessoas que entram e saem para assistir ao jogo na telinha da TV de 10 polegadas ou quem sabe naquele rádio pequenino que fica ao pé do ouvido.
São várias as formas de se conectarem com o mundo ao redor e ainda mais quando passam a ter acesso ao universo das correspondências e encomendas que são deixadas na portaria. Outro dia o porteiro do meu prédio quando foi me entregar um pacote, me falou: "O Sr. gosta de uma bolsa, não é?. Chegou outra, viu..." 
Minha cara: P A S S A D O.
E teve outra oportunidade que o outro disse assim: " Se algum dia o Sr. não quiser mais um desses sapatos que comprou, pode me dar, eu acho que meu número é o seu."
Claro que ele sabia qual era o número, pois a nota fiscal estava na parte externa da encomenda, protegida por um plástico transparente que deixava fácil a leitura do conteúdo e também do tamanho do sapato comprado. 
Gente curiosa é assim mesmo e descobre tudo o que quer, nem que seja para não ter utilidade alguma, somente para alimentar a língua ferina e a mente fértil na hora certa ou para ter assunto para comentar com os coleguinhas de profissão.
Faz parte da vida e fugir disso é imaginar um mundo paralelo ao nosso, ainda não idealizado ou descoberto. Enquanto este ideal de vida não aparece, vamos vivendo de fofoquinhas aqui e ali e falando da vizinhança toda.
Eita que coisa boa, não é?
Chama o porteiro... Ele tem notícias quentinhas, apuradíssimas!

terça-feira, 20 de setembro de 2016

Incongruências

Vivemos nos País das incongruências, onde tudo que parece ser não é!
Basta ler algumas notícias para notarmos que tudo está muito complicado de se entender, seja pela falta de adaptação à realidade ou pela loucura de pensamentos que as pessoas adotam nas horas que manifestam as suas opiniões cada dia mais controversas e sem nenhum sentido real e adequado.
É ladrão acusando ladrão. Negro discriminando negro. Gestores públicos fazendo e acontecendo. Cidadãos falando o que não sabem. Gente morrendo sem motivo.
Estes pequenos exemplos são vistos na nossa sociedade e não precisamos de muito esforço para encontrarmos exemplos de cada um deles nos nossos círculos de amizade ou de convívio social, pois os exemplos são cada dia mais práticos e fáceis de acontecer.
A discriminação racial é o que mais me espanta, pois sempre esperamos que esta seja de uma cor para outra e não entre pessoas que possuem o mesmo tipo de raça. Como pode um negro chamar o outro com palavras ofensivas se ele mesmo possui as mesmas características?
Não é possível cobrar melhores atitudes dos nossos representantes se nem temos opinião formada sobre o que realmente acontece e nos baseamos nas opiniões diversas que escutamos na rua, de qualquer um, seja ele formador de opinião, estudioso ou simplesmente um imbecil. Seguimos todos eles e vamos diariamente construindo o nosso perfil incongruente e sem nenhuma adaptação com a realidade dos fatos que nos rodeiam e nos fazem entender o nosso papel nesta sociedade tão complicada e desafiadora.
Se não pararmos com esta desordem mental, nós brasileiros, ficaremos cada dia mais afundados na desgraça e a crise jamais será afastada por um simples motivo: Nós somos os causadores e fazemos de tudo para que ela nunca acabe.
Crise mental é a pior doença e parece que isso se tornou uma prática constante e jamais esquecida pela nossa Nação, padecida e muita carecida de cuidados.
Haja paciência!

domingo, 18 de setembro de 2016

Lajedo do Pai Mateus

No sertão paraibano, várias formações rochosas transformam a paisagem e fazem com que o entardecer seja visto de forma diferente. O local fica perto da cidade de Campina Grande e o destaque é para a aridez do solo e calor intenso, o qual contrasta com o frio gostoso no período da noite.
Reservei algumas fotografias para mostrar este espaço nordestino que é visitado por muitas escolas e turistas de várias partes do mundo para admirar e imaginar como tudo aquilo foi formado e também como ficaram estrategicamente posicionados em local de destaque. Algumas pinturas rupestres são encontradas também e os animais característicos da região fazem a festa e se mostram para os visitantes.
Tudo isso fica no município de Cabaceiras, na Paraíba. O Lajedo do Pai Mateus é visita obrigatória para quem gosta de história e geografia. O que falta é chuva e o índice pluviométrico é baixíssimo, o que pode ser visto em vários momentos durante os passeios que podem ser realizados na região.
Na volta para casa, passamos na famosa Pedra do Ingá e seus incríveis desenhos feitos na pedra.



























sexta-feira, 16 de setembro de 2016

Aquarius, O Filme

Assisti ao filme Aquarius e pude comprovar as diversas informações ao seu respeito, entre as polêmicas antes da estreia até a temática que fala da resistência e da conservação das lembranças que todos nós temos e que deixamos passar devido a evolução da sociedade, que não valoriza o seu passado e vai afastando todas as informações que fizeram parte das suas vidas, onde as lembranças e o significado das coisas termina valendo menos que muitas modernidades disponíveis.
Encontrei no filme aspectos bem relevantes da vida do Recife e de como as pessoas fazem as suas escolhas a partir do modo de vida que escolheram para si. Um aspecto importante a ser lembrado é a forma como o filme retrata a vida de uma moradora de um prédio histórico e que agora sofre com as especulações imobiliárias que afetam a cidade, algo que pode ser bem comprovado nas diversas construções que existem hoje na Avenida Boa Viagem e que alteraram completamente a paisagem de outrora, onde ainda podíamos desfrutar de uma ambiente mais calmo e até sem a ameaça de tubarões.
A personagem Clara, vivida brilhantemente por Sônia Braga, é o destaque do filme e sua solidão não mostra uma pessoas amargurada, mas sim feliz com as suas preciosidades caseiras e que lhes proporcionam todo o conforto físico e mental que ela necessita para viver bem. As demais interpretações apenas ajudam a personagem central a desenvolver seu enredo, mas não fazem aparições brilhantes e nem contribuem intensamente para a história, já que a vida de Clara, dividida em três partes, é o destaque de cada momento do filme.
Hoje vivemos no Recife esta briga pela especulação imobiliária. O edifício onde as cenas foram realizadas na verdade se chama Oceania e junto com o Caiçara foram os poucos resistentes de uma orla cada dia mais edificada. O Caiçara foi destruído há alguns anos, após muitas brigas judiciais, mas o Oceania ainda está lá e chama a atenção de todos pela sua sobriedade diante de tantas modernidades.
A forma como a personagem Clara distribui o seu universo particular, dentro de um castelo chamado Aquarius é grandiosa e mostra que o dinheiro não compra tudo, especialmente a satisfação de viver da maneira como queremos e desejamos. Não podemos nos sentir pressionados a nada e quem achar que pode mudar o nosso caráter pelo dinheiro está totalmente enganado. Quem assume o seu papel na sociedade de forma honesta e séria, jamais terá espaços vazios e poderá sempre usufruir de ótimas lembranças e melhorias naquilo que escolher.
Foi bom ver o Recife tão bem representado num filme de destaque internacional, ainda mais quando a realidade mostrada é bem notada nos nossos dias e não passa de mera imaginação dos diretores de cinema. Kleber Mendonça Filho fez um filme memorável, intenso e ao mesmo tempo com toda a calmaria que necessitava para mostrar uma história de uma mulher forte, mas extremamente doce e educada para lidar com as dificuldades e adversidades que a vida lhe apresentou.
Vamos navegar no Aquarius e desfrutar cada momento desta história incrível e que não nos deixa piscar os olhos um segundo sequer. Eu costumo dormir nos filmes que não me atraem e isso talvez seja um termômetro que meu corpo utiliza para mostrar o que é bom ou ruim. Pois bem, quando fui assistir ao filme Aquarius pensei que fosse dormir, pois estava cansado, meio sonolento, e achei a temática leve demais para o momento. Fui passar o tempo entre uma atividade e outra e ganhei um presente para a vida, não deixando os olhos fechados um só minuto, fator que demonstra o quanto o meu interesse foi grande, já que a energia conquistada pelo deleite do filme foi maior que muitas outras diversões que poderia ter escolhido naquele momento de folga.
Satisfação ao que realmente é válido e nos representa muito bem.
Vamos escutar Maria Bethânia, Roberto Carlos e relaxar.
Quem sabe ler um bom livro ou dormir numa rede confortável...
A satisfação da brisa do mar não tem fim e o desfrute de uma praia tão famosa é o presente que todos nós poderíamos aproveitar. Quem acompanha minhas fotografias, sabe o quanto eu retrato a Praia de Boa Viagem e como cada lembrança dela significa para mim. É neste bairro que moro e que vejo tudo acontecer, às vezes de forma Clara, algumas mascaradas, mas sempre acontecendo.

quarta-feira, 14 de setembro de 2016

Para Quê?

Essa é uma pergunta que nos fazemos diariamente e muitas vezes não encontramos respostas, seja pela nossa falta de conhecimento dos fatos ou pela descrença que assumimos em determinados momentos por encontrarmos situações aberrativas e sem muita lógica.
Nos perguntamos se vale a pena isso ou aquilo ou se é necessário quebrarmos a cabeça por tão pouco, sendo injustos e até inconsequentes nos nossos atos e posicionamentos. Para evitarmos tantos questionamentos inúteis, o ideal é tentarmos entender bem cada situação e como ela pode contribuir para o nosso sucesso intelectual, já que a maioria das perguntas que formulamos está ligada ao modo indisciplinado de não se apegar aos detalhes precisos de cada fato, sendo cada dia mais superficiais no que fazemos e que relacionamos com a nossa vida.
Muitas vezes o excesso de perguntas que formalizamos demonstram curiosidade e desejo de aprendizado, mas podem denotar também falta de interesse, já que a pergunta pode vir após uma grande quantidade de informações prévias e que não foram apreendidas por nós, simplesmente, pela nossa falta de interesse e atenção.
É aquela história: Depois vejo isso com mais calma...
Terminamos deixando para lá e sendo pegos repentinamente pelas cobranças da vida.
Se estivermos mais atentos ao mundo e aos detalhes que ele nos oferece, perceberemos que os porquês que iremos encontrar no caminho serão cada dia menores e muitas vezes já com uma resposta ou imaginação do resultado final. Quando estamos informados ou atentos ao que escutamos e olhamos, temos a capacidade de entender mais a vida e com isso depender menos das dúvidas e das terríveis consequências que elas nos trazem.
Perder tempo, para quê?

segunda-feira, 12 de setembro de 2016

Paraíso Perdido

Após algum tempo ausente, visitei novamente a Praia de Pipa, no Rio Grande do Norte, neste final de semana e fiquei impressionado com a quantidade de lixo que vi espalhado pelos lugares, fruto do turismo desenfreado e da falta de cuidado do poder público que não valoriza os espaços que tem e só pensa no lucro gerado pelas diversas formas predatórias de consumo que hoje existem.
A raça pior do mundo é a que não tem consciência sobre preservação ambiental e tratam os espaços como se fossem um lixão, deixando seus rastros de sujeira por todos os lados e tornando a visão de tudo um pouco distorcida e sem a beleza de antes. Quando fui em Pipa a primeira vez, há uns 11 anos, fiquei encantado com o que vi e hoje percebo que o desgaste local é muito grande, já que a quantidade de construções irregulares afeta muito a paisagem e faz com que tudo fique carregado e sem as boas características do paraíso que é vendido nos anúncios turísticos.
Praia do Centro está cada dia mais cheia de sujeira e as barracas do local deixam seu rastro de nojeira, onde podemos encontrar restos de tudo, inclusive de materiais não recicláveis ou que demoram inúmeros anos para se decompor. Eu ficava pensando como é possível as pessoas viverem daquelas atividades e não cuidarem do próprio espaço que tiram o seu sustento. 
São péssimos administradores do próprio negócio.
Praia do Amor está favelizada, cheia de barracas mal edificadas e que ocupam de forma desordenada os espaços da praia, cobrando caríssimo pelos serviços ruins que prestam à população. O turismo está meio confuso em Pipa e a quantidade de línguas que falam os visitantes parece que afetaram a comunicação de todos e fez com que as pessoas não entendessem o que é realmente certo ou errado.
Na Praia do Madeiro, enquanto descemos a grande escadaria que nos leva à Baía dos Golfinhos, notamos muito lixo jogado nas encostas e tudo isso afeta a visão do que temos, já que a beleza do espaço fica comprometida e nos faz perceber que a calmaria e preservação só existem naquilo que o homem não colocou a sua mão destrutiva.
Está tudo muito desordenado e sem limites, gerando sujeira em demasia, lixo espalhado pelas ruas, calçamentos sem manutenção, esgotos entupidos, construções irregulares e muitos detritos jogados em locais irregulares. Praias quase desertas estão sendo usadas como depósito de metralhas de construções e as diversas placas que encontramos nas ruas, alertando sobre a poluição do local, não surtem o efeito necessário e ficam sendo vistas somente como decorativas. Parece que as mensagens não geram nenhum efeito benéfico nas pessoas e elas ficam cada dia mais inconscientes e despreparadas para viver em sociedade, preservando o meio ambiente e cuidado dos espaços comuns.
Uma doença generalizada que já encontrei em outras praias e que cada dia se torna mais evidente com o crescimento do turismo e das diversas opções de lazer que a natureza nos oferece e que fazemos o possível para desgastar.
Mesmo assim, ainda vale o passeio e recomendo ir para fora do Centro de Pipa, onde ainda podemos ter acesso a algumas praias mais tranquilas e preservadas, onde realmente a natureza ainda existe, mesmo que atingida pelo homem sem noção e completamente desconhecedor do seu papel como cidadão.
Um paraíso perdido, mas ainda com grande beleza.
Vale a pena conferir também a variada gastronomia local, onde os frutos do mar fazem a festa e nos presenteiam com sabores variados e deliciosos. Atenção aos preços, pois a variação é muito grande e nem sempre é justificável!
Tem gente que fuma um baseado legal na hora de determinar os preços dos seus cardápios; ficam doidões de verdade e perdem a noção da realidade, deixando tudo muito contaminado e fazendo com que os turistas passem mal com tantas loucuras e variações.








sábado, 10 de setembro de 2016

Casca Grossa

Ser grosseiro com as pessoas é atitude que encontramos diariamente e percebemos facilmente naqueles que nos rodeiam, seja isso realizado de forma natural ou não, já que muita gente aprende a ser grosseiro, enquanto outros já nascem com este defeito de fábrica e com isso terminam gerando muitos constrangimentos para si e para os outros.
Ser mal-educado é uma consequência do ambiente que vivemos, já que acredito que todos nós podemos ter atitudes melhoradas se tivermos a orientação necessária e a vontade de apreender as novidades que nos são disponibilizadas pelo nosso círculo de amizades e pela nossa família, que é a principal responsável pela nossa formação e fixação dos limites necessários para a nossa boa convivência com as pessoas.
Vejo crianças bem pequenas sem limites, as quais se tornarão adultos incapazes de ter uma vida sadia e com civilidade, pois desconhecem os princípios básicos da convivência e de como lidar com as pessoas e com tudo que elas possuem dentro de si. Perder a cabeça por qualquer coisa, evitar o diálogo, falar mal dos outros, criar conversinhas, fazer fofoquinha, alterar a voz desnecessariamente, falar alto e não respeitar o direito do outro são alguns exemplos simples que interferem na vida das pessoas e fazem com que elas se tornem incapazes de ter um bom relacionamento ou de gerar bons frutos em tudo que participam.
Muita gente precisa ficar de molho por um bom tempo para amolecer a casca grossa que possuem e dessa forma serem mais mastigáveis pelos outros, porque ficar engolindo qualquer tipo de atitude é muito ruim e só desgasta os relacionamentos e também o nosso ajustamento mental, que nem sempre está preparado para receber tantas situações ruins.
Um casca grossa arranha qualquer relacionamento e faz com que a ferida seja sentida por muito tempo.

quinta-feira, 8 de setembro de 2016

Segue o Caminho do Boi da Macuca

O São João do Boi da Macuca, na cidade de Correntes, Pernambuco, acontece anualmente e reúne grande quantidade de pessoas que buscam nos fes...