terça-feira, 31 de maio de 2016

Raincife

Todo ano é a mesma coisa e o Recife chora com os alagamentos que acontecem nos bairros, motivados pelas chuvas e falta de planejamento urbano, além de uma grande dose da falta de educação da população, que joga lixo por todos os lados e faz com que as águas não circulem adequadamente, gerando as inundações que todos nós conhecemos bem.
Basta chover um pouco mais forte para ficarmos apreensivos e com medo de enfrentar as ruas, pois em determinados espaços somente usando uma jangada para poder ter um deslocamento melhor. A cidade sofre ainda mais quando, nestes dias, a maré está alta, o que agrava e muito a problemática urbana e a nossa incapacidade de gerir eficientemente tantos equívocos. 
Os morros cada dia mais abandonados e cheios de invasões, geram deslizamentos e mortes, além de mostrarem a total incapacidade do poder público com a contenção das ocupações irregulares que só geram transtornos e muitas preocupações. 
Recife é uma cidade que tem um nível muito baixo e por isso é muito desfavorecida nestas épocas de inverno, já que a água não tem para onde escorrer e termina ficando parada em locais estratégicos, gerando muita agonia e desordem. 
As cidades vizinhas, como Olinda e Jaboatão, também sofrem e terminam apresentando problemas dos mais variados tipos, mostrando que o problema não é somente da capital, já que muita gente se desloca diariamente para poder trabalhar ou resolver assuntos pessoais nas cidades que interagem com o Recife.
Posso dizer que o caos impera na cidade quando a chuva aparece. O que seria uma dádiva, termina sendo um grande transtorno. Se a chuva sempre fosse moderada, não haveria problema algum, mas ela sempre insiste em vir com todo o gás, inflamando todas as possibilidades de fuga e fazendo os recifenses terem muita agonia nas suas idas e vindas.
Não foi por menos que a cidade agora ganhou o apelido de "Raincife"

segunda-feira, 30 de maio de 2016

30 x 1

A violência contra a mulher não tem limites mesmo e a notícia do estupro coletivo que uma adolescente de 17 anos sofreu nesta semana só mostra uma realidade que todos nós já sabíamos muito bem: O homem é um bicho!
É um bicho selvagem e sem capacidade de viver bem em vários aspectos da vida cotidiana, pois gera violência, sujeira, destruição e muita discórdia por nada, nunca dialogando de forma civilizada quando mais precisa fazer isso. O choque de civilizações no Brasil nos faz perceber que a sociedade é capaz de tudo, ainda mais nestes tempos de comunicação ágil e movida pelas redes sociais, quando as pessoas perdem a noção do que compartilhar e terminam gerando uma desordem geral na consciência de todos.
Há quem ache estranho, bonito, normal...
Não é sadio expor a dignidade humana por nada e nem ter isso como troféu, como se o ato tivesse que ser idolatrado pelos demais ou até visto como aceitável, já que o machismo da grande maioria da sociedade ainda vê alguns grupos como vulneráveis e totalmente merecedores de determinadas afrontas.
A adolescente que sofreu o abuso sexual foi vítima de um grupo de marginais que não sabiam o mal que estavam fazendo para ela e nem para eles mesmos, pois certamente usaram e abusaram da sorte quando praticaram o ato libidinoso e inseguro, digno dos animais mais selvagens.
Foi um jogo injusto, onde o placar de 30 x 1 mostrou a vulnerabilidade de uma pessoa que não teve como se desfazer das atrocidades cometidas por um bando de donzelos que queriam somente mostrar a virilidade masculina por nada e sem nenhum tipo de cuidado. 
O que podemos esperar de uma sociedade assim?
Será que é certo termos que aguentar isso por muito tempo?
Fico abismado a cada dia com o poder do homem e do que ele é capaz de fazer nessa vida tão complicada e que nem merece a nossa análise com profundidade, já que isso poderá nos levar para tão longe que emergir será tarefa difícil de ser conseguida.
Estamos no fundo do poço mesmo...

domingo, 29 de maio de 2016

Ensaio da Vida

Iniciei e finalizei o mês de Maio fazendo dois ensaios fotográficos com gestantes e posso dizer que a experiência foi muito boa, ainda mais para mim que fotografo por passatempo e não tenho esta atividade como fonte e renda. 
A cada momento que as imagens são criadas, percebemos como é possível dar vida a momentos importantes das nossas vidas e como isso é bem real se for imortalizado através da imagem.
Que venham outros momentos como estes...





sábado, 28 de maio de 2016

Mercado de São José

Ir ao Mercado de São José é uma alegria, mesmo com toda a agitação do espaço. 
Hoje estava cheio de novidades para o período junino e ainda mais festivo.
O cheiro dos peixes frescos, o caldo de cana com pão doce, a feira gritante, o calor...
Enfim, cheio de momentos bons para fotografar. Não desperdicei a oportunidade, claro.






















quinta-feira, 26 de maio de 2016

Exposição Giramundo

Exposição dos bonecos do Grupo Giramundo, na CAIXA Cultural.
Além dos belos e detalhados exemplares, é mostrado todo o processo de criação destes seres encantadores e que ganham vida nas mãos habilidosas dos manipuladores.
Quem manipula quem?

Quem já viu o Grupo Giramundo em ação sabe o que estou falando, pois eles são perfeitos e em alguns momentos pensamos até que os bonecos estão realmente vivos. 
Na foto acima, o detalhamento de um boneco como se fosse um exame de um corpo complexo e cheio de articulações para serem estudadas, possibilitando um perfeito movimento e convencimento do público.





terça-feira, 24 de maio de 2016

Descaração


Presenciamos situações que nos colocam em situação de alerta, seja pelo descaramento ou pela falta de noção, já que nem todos enxergam onde começa a educação e termina a falta dela. As pessoas estão gradativamente perdendo a capacidade de serem gentis umas com as outras e por isso perdem a amizade em prol da piada desmedida ou do atrevimento fora de hora e sem nenhum fruto.
A "cara lisa" é mais comum de aparecer do que imaginamos e nos tornamos reféns deste tipo de gente que faz tudo que não presta e ainda age como se nada tivesse acontecido e a normalidade fosse a palavra de ordem mais sentida no mundo das loucuras existenciais do ser humano.
Complicado isso...
Não sei o que é pior: ser descarado ou ser cara de pau. Ou será que estas duas nuances são iguais? Podem até ser, mas ainda encontramos distinções entre elas, pois enquanto a primeira é mais presente e visível, a segunda tem ares de desentendimento e se faz de inocente, escondendo a verdadeira realidade dos fatos.
Descarado mesmo é quem pensa que é inteligente ao ponto de cometer atrocidades contra os outros e ficar imune e nunca ter a devida compensação dos seus atos, seja com um descaramento pior ou com uma palavra bem elaborada na hora certa para que ele se toque e possa refletir sobre os seus atos falhos e que tanto desgastam as relações.
Ser descarado não é uma falha momentânea e quem tem esse probleminha de fábrica termina agindo diariamente da mesma forma e consumindo a paciência de muita gente que possui um pouco mais de ajustamento e não suporta tais tipos de atitudes.
Menos, por favor!

domingo, 22 de maio de 2016

Salvem os Salva-Vidas!


O abandono dos postos salva-vidas da Praia de Boa Viagem transformou os espaços em pontos de reunião para festinhas, acampamentos e moradia de mendigos.
Tive oportunidade de ver dois momentos da destruição: na ida e na volta da caminhada. Além de ocuparem o espaço, destruíram as placas de identificação e deixaram a sujeira na areia bem exposta.
Se não há finalidade, as pessoas terminam achando uma funcionalidade para os espaços abandonados pelo poder público, o qual se mostra cada dia mais incompetente para cuidar da cidade e de tudo que ela pode nos oferecer.
Tanto dinheiro jogado fora e o brasileiro sempre achando um jeitinho de bagunçar ainda mais o que já é uma desordem.

Mais ou Menos

Imagens da Praia de Boa Viagem, hoje cedo, num dia de maré mais ou menos: nem alta, nem baixa...













sexta-feira, 20 de maio de 2016

Dor de Cabeça

Ter dor de cabeça à toa não é nada bom, ainda mais quando esta é motivada pela nossa falta de atenção aos detalhes pequenos que a vida nos apresenta e que deixamos de lado para dar importância ao desprezo com nós mesmos e com tudo que devemos fazer pelo nosso bem estar.
Aliviar a mente é a sensação melhor que podemos ter e basta um pouco do nosso esforço para que tudo seja realmente efetivado e possa gerar bons frutos e momentos de grande alegria, os quais nunca deixam de nos influenciar devido a plenitude que apresentam e que jamais fica parada no tempo.
A dor é consequência de algum tipo de atividade mal feita e isso pode ser visto também no lado psicológico que cada um de nós tem, pois a mente termina comandando muitas sensações e o alívio só vem quando libertamos o nosso cérebro de tudo que ele aprisiona inadequadamente, gerando tensão desnecessária e muita aflição.
Uma escolha mal feita, uma amizade ruim, uma dívida mal planejada, um trabalho desgastante, uma vizinhança desorganizada ou quem sabe até nós mesmos...
São tantos os motivos da nossa grande dor de cabeça diária e nem sempre o mal está vindo de fora, pois muitas vezes é gerado por nós mesmos, quando nos mostramos incapazes de nutrir o que é bom nas nossas mentes, fazendo com que tudo fique ruim e sem sentido real.
Aliviar os pensamentos e fazer com que eles sempre tragam boas dádivas é o ponto inicial do nosso sucesso, da nossa satisfação. Nunca estaremos felizes e descansados se a nossa mente só trabalhar ao contrário, gerando muitas e infelizes situações, as quais nem sempre terminam em bons resultados para o nosso convívio, afastando de vez a felicidade que tanto buscamos e que sem percebermos fica afastada por muito pouco ou por falta de uma atitude da nossa parte.
Neutralizar a dor cotidiana é essencial para a nossa existência e isso nunca deve ser desconsiderado nas nossas vidas tão cansadas e cheias de excessos.
Todo nosso corpo agradece, obrigado!

quarta-feira, 18 de maio de 2016

Mais é Mais, Menos é Menos

Essa história de que o menos é mais nem sempre dá certo em alguns aspectos da nossa vida e por mais que tentemos enganar a nossa mente, perceberemos que a dosagem certa é o melhor remédio para entendermos que o ajustamento é a saída para conter os excessos ou as deficiências que enfrentamos diariamente.
Se gastamos mais, fica claro que mais endividamento acontecerá e nem precisamos de um especialista para nos ensinar isso, pois a lógica é tão serena quanto um céu azul num final de tarde. O que passa dos limites só deve ser considerado na hora de criarmos um conceito sobre determinadas ações ou para formalizar um estilo que serve apenas de inspiração e não precisa ficar constantemente nos influenciando e fazendo acontecer com os nossos pensamentos e ações.
Quando deixamos para trás as oportunidades que nos são apresentadas, percebemos que os esforços vindouros nos causarão uma grande e desgastante forma de agir, gerando arrependimento e desgaste físico e mental sem que isso necessariamente se transforme em resultado pleno.
Quando agimos com mais cautela, vendo onde realmente precisamos ter isso ou aquilo, nossa existência passa por melhorias grandiosas e assume um papel de destaque, obtendo ótimos sucessos e nunca permitindo que a descontinuidade seja uma constante e perseguidora influência.
É complicado saber o que é mais ou menos e achar o ponto de equilíbrio no que realizamos se torna mais complicado do que terminar as ações propriamente ditas, sejam elas com excesso ou sem muita constância. A experiência vai nos mostrando as saídas e aprendizados para o que iremos realizar, criando uma durabilidade maior e que nos fará perceber a importância de uma boa observação e planejamento prévios.
Excessos e diminuições só potencializam a nossa capacidade de enlouquecer por pouco, muito pouco...

segunda-feira, 16 de maio de 2016

Telúrico Catimbau

Como já tinha visitado duas vezes o Vale do Catimbau, na cidade de Buíque, fiz trilhas diferenciadas para conhecer lugares que ainda não tinha passado e posso dizer que fiquei ainda mais encantado com a beleza do local, que apresenta relevo bem singular e formações arenosas que desafiam a nossa imaginação, pois criam diversas esculturas ao ar livre que impressionam todos os visitantes que por lá desbravam os caminhos.
Tive a oportunidade de subir o Morro de Jerusalém e de conhecer a Igrejinha, além de uma caverna bem grande e que foi muito mal frequentada pelos visitantes, uma vez que encontramos restos de embalagens no espaço, além das paredes estarem muito riscadas, como forma de marcarem o lugar por onde passaram, sem tomar cuidado com a preservação e rusticidade do espaço.
Imaginem se todos os lugares tivessem a nossa assinatura ou se para marcar a nossa passagem tivéssemos que criar uma "estrela da fama" demarcando a nossa conquista?
Seria o caos e talvez muitos dos espaços nem existissem mais...
Provei a fruta do babaçu e também do ouricuri, típicas da região e que possuem sabores bem diferenciados para formalizar ainda mais a tradição do espaço em ser único e belo. Outra visita interessante que fiz foi à residência do artesão Luiz Benício, o qual faz diversos tipos de trabalhos em madeira, com muita rusticidade. Terminei adquirindo uma imagem de Nossa Senhora Aparecida para decorar a minha casa e guardar como lembrança do local que tanto aprecio e não me canso de visitar.
O colorido do Catimbau está na sua variedade, onde cada espaço nos apresenta vegetações únicas e iluminações grandiosas, ainda mais quando o entardecer foi um dos nossos parceiros no primeiro dia de aventuras pelo sertão pernambucano.
Não sei se posso chamar o Vale do Catimbau de sertão, pois a mistura de imagens demonstra que ele está numa área de transição, onde encontramos elementos agrestes e da caatinga.
Sem dúvida, uma local inesquecível e que merece a nossa visita e preservação.









































Segue o Caminho do Boi da Macuca

O São João do Boi da Macuca, na cidade de Correntes, Pernambuco, acontece anualmente e reúne grande quantidade de pessoas que buscam nos fes...