segunda-feira, 4 de agosto de 2014

Implicância

Ser implicante pode demostrar muitas coisas, desde uma depressão suave até um modo obsessivo de ter o controle da situação e de não permitir que os outros respirem um pouco ou façam o que gostam. Parece que tudo faz mal, incomoda ou merece um comentário desnecessário, que termina gerando um pequeno ou grande conflito e que pode trazer para o fogo da emoção muitas outras lembranças e palavras que não deveriam ser ditas e nem escutadas.
Implicar é mais que uma chatice e termina cansando as pessoas, já que a todo o momento temos que ficar nos retratando de atos que não são ofensivos, não maltratam ninguém e nem sofrem reprovação daqueles que realmente deveriam manifestar alguma opinião contrária. O implicante perde a noção dos seus atos porque nem sabe que é assim e termina achando que as suas opiniões, nem sempre certeiras, devem ser escutadas ou seguidas. 
Não sou muito de implicar com atos e situações a não ser que elas estejam fugindo do controle, mas muitas pessoas terminam ficando fora do seu próprio controle e passam dos limites da intolerância e fazem de tudo para serem irritantes em todos os momentos, não vendo que isso cria situações desgastantes e faz com que a paciência fique minada e sem nenhuma graça, onde a cara feia termina sendo a melhor forma de manifestar a insatisfação destes momentos tão mágicos, porém com truques facilmente descobertos e sem técnica alguma.
Roda, roda e a pessoa termina voltando para a mesma palavra, para o mesmo comentário exaustivo e sem necessidade, onde só traz para quem recebe a crítica a péssima sensação de estarmos fora de um contexto que diariamente faz parte da nossa vida. É como se percebêssemos que somos intrusos na nossa própria casa, mais ou menos assim. Ou quem sabe descobrirmos que quem dorme na nossa cama não aprova nossa forma de ser ou agir, seja ela extremamente normal e corriqueira, onde não há mal algum em agir e criar laços, seja de que forma for.
A força maior da vida é quando descobrimos que podemos realizar atos e deles sermos responsáveis, conseguindo méritos e sendo conhecidos por todos pelo legado que deixaremos ao mundo. Ruim é saber que sofremos interferências negativas e desnecessárias de quem deveria apoiar com mais força as nossas ações e visualizar nelas bem mais do que enxergam e dessa forma passarem a valorizar mais o que aparentemente não vale nada.
Irritante é ser implicante por nada...

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