sábado, 22 de dezembro de 2012

Atendimento Zero, Preço Inflacionado

As churrascarias do Recife, nesta época do ano, inflacionam os seus preços e fazem com que um simples programinha com amigos se torne um gasto excessivo e com um atendimento precário, pois a quantidade de pessoas que invadem estes locais nos festejos de final de ano é bem maior do que a capacidade dos estabelecimentos de proporcionar um bom atendimento aos clientes que se arriscam nesta maratona de alimentos mal preparados e com sabor duvidoso.
Visitei uma churrascaria ontem com amigos do trabalho e o preço do rodízio, que era R$ 24,90 estava por R$ 39,90 por pessoa, sendo que o atendimento que é sempre muito bom e cordial, ontem estava péssimo e demorado. Era gente demais invadindo tudo e comendo como se fossem bichos e não pessoas normais. Acredito que muitas pessoas estavam ali com a conta paga pela empresa, pois era notória a voracidade deles em comer, comer e comer, como se aquele fosse um momento único ou com poucas chances de se repetir. Comiam de tudo e numa mistura que fazia medo só de observar. Era camarão misturado com picanha, porco com sushi, lasanha com feijoada, ostras com queijos e outras infinitas combinações que devem ter afetado o aparelho digestivo de muita gente. Não vou nem citar a combinação de refrigerantes, destilados e cervejas porque aí seria uma afronta total a qualquer criatura que tenha vontade de sobreviver após tantos excessos.
Comi pouco, pois me decepcionei com um hambúrguer de picanha, delicioso, mas extremamente salgado que tirou o meu paladar e me fez ficar com um desconforto digestivo tremendo. Valeu as companhias, o presente do amigo secreto, a descontração, mas o atendimento e a comida estavam impraticáveis e até para se servir no buffet era uma grande luta, devido a quantidade de pessoas que estavam disputando os últimos pedaços de salmão ou de camarão que estavam servidos. Vi uma senhora com tanto camarão no prato que duvidei muito que ela fosse ter fome de comer outro alimento após aquele deleite tão grande e infinito.
Gosto de ambientes mais calmos e acho que a alimentação deve ser feita em locais realmente sadios, seja para o nosso apetite ou para a nossa mente, já que o barulho em excesso só nos faz ficar inquietos e desconfortáveis. Saí do restaurante, famoso e muito bem conceituado, com uma terrível impressão de ter sido roubado, pois comi quase nada e paguei uma fortuna para ter além disso tudo um atendimento terrível. Não paguei os 10% de gorjeta cobrados pelo estabelecimento, já que é opcional e visa custear o atendimento feito pelos garçons que mal passaram pela minha mesa e ainda levaram meus talheres e não trouxeram mais. Como não queria comer com as mãos, achei melhor sair dali e ir para a minha casa. 
Essa é a realidade dos estabelecimentos comerciais no final de ano, pois o lucro é o que vale, mas isso não tem nada a ver com cortesia e bom atendimento. Isso fica para os dias normais, quando eles precisam cativar o cliente para poder encher os locais e manter uma margem de lucro mais satisfatória. Em dias como o de ontem, tratando bem ou não, a casa fica lotada e isso não sensibiliza nenhum proprietário, já que o seu caixa já está cheio e muita gente nem liga para o serviço prestado, dando mais valor ao "oba oba" das confraternizações e as fotos com os pratos que são servidos.

Segue o Caminho do Boi da Macuca

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